data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Apesar de as salas de aula terem demarcações entre mesas e cadeiras, ninguém iria ocupar os assentos nesta segunda-feira. Isso não era o planejado pelas escolas, que esperavam a retomada das aulas da Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. O Tribunal de Justiça do Estado, contudo, suspendeu o retorno depois de uma ação movida pela Associação Mães e Pais pela Democracia (AMPD) e CPERS/Sindicato contra o Estado do Rio Grande do Sul.
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No Colégio Adventista, a direção só soube da suspensão, divulgada por volta de 23h30min de domingo, na manhã desta segunda-feira. Como as turmas que seriam retomadas só teriam aulas à tarde, nenhum aluno foi até a escola, e a direção conseguiu notificar os responsáveis em tempo.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Salas estavam com indicação de distanciamento, mas alunos não puderam comparecer
Lá, as aulas da Educação Infantil chegaram a ser retomadas, mas foram suspensas devido à bandeira preta. Uma alteração no protocolo do risco altíssimo do Distanciamento Controlado, no entanto, permitira o retorno até a decisão do TJRS.
- Fomos tomados de surpresa. Na verdade, não compreendi muito bem essa lógica ainda. É um ambiente muito seguro dentro da escola - contrapõe o diretor do Adventista, Gelson Torman.
A mesma situação aconteceu no Colégio Marista. Conforme a direção, as aulas dessas turmas não são pela manhã, o que evitou confusão de responsáveis que pudessem estar desavisados sobre a suspensão. Porém, houve funcionários não puderam comparecer ao trabalho, já que não podiam deixar seus filhos em escolas infantis que tinham o turno integral.
O diretor do Marista, Carlos Henrique Pires Sardi, também expressou surpresa pela decisão judicial. Segundo ele, a comunidade escolar do colégio se preparou para a retomada partir de sexta-feira, quando a prefeitura não foi mais restritiva em relação ao decreto estadual.
- A gente ainda tenta entender qual o embasamento da decisão, embora a gente entenda o cenário de questões sanitárias. As escolas estavam preparadas e cumpriram todas as regras dentro dos protocolos aprovados pelo próprio Estado - diz.
A DISTÂNCIA
As turmas que tinham aula de manhã seguiam com o ensino remoto nesta segunda-feira. Nas duas escolas visitadas, estudantes do Ensino Médio acompanhavam aulas via plataformas online. Esse nível de ensino tinha previsão de retorno para março, mas o prazo deve ser alterado por causa da bandeira preta.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Aulas online já seguiriam em outros níveis e devem seguir para os anos iniciais enquanto não houver reversão da decisão do TJRS
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- Vamos continuar da forma que estávamos, transmitindo as aulas de forma remota em tempo integral. Nossa ideia é que seja presencial, e estamos aguardando as determinações judiciais. Entendemos a importância de estar de forma presencial para os alunos - defende Torman.
A DECISÃO
A suspensão, expedida em despacho da juíza Rada Maria Metzger Kepes Zaman, da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, argumenta que "os números são completamente alarmantes e a previsão dos profissionais de saúde não é de diminuição dos contaminados em um futuro próximo, mas o agravamento desses números por todo o Estado".
Na tarde desta segunda-feira, a assessoria do governador Eduardo Leite (PSDB) informou a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) entrou comrecurso da decisão de suspensão das categorias permitidas pela bandeira de risco altíssimo. O recurso foi confirmado à tarde, sob o argumento de que a circulação de pessoas é menor apenas com a Educação Infantil e 1º e 2º anos do Fundamental.